Do dia 7 de setembro comemora-se a Independência do Brasil, um marco na história política e econômica do nosso país, que, até 1822, era uma colônia de Portugal. Eram tempos bem diferentes, sem as comodidades que temos hoje, como enviar um documento por e-mail ou WhatsApp, ou pegar um carro e subir ou descer a Serra.
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O grupo de apoiadores que articulou e orientou D. Pedro I a declarar a autonomia do Brasil precisou bater muita perna, literalmente, incluindo os ilustre irmãos Andradas, santistas e figuras decisivas para a consumação deste feito. Imagino quantos passos foram dados naqueles calçados fechados, incômodos e abafados que eram comuns naquela época, usados por todos que deram suporte ao então príncipe regente, rumo à independência do Brasil.
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E mesmo sendo da Corte, eles não tinham o privilégio de contar com o atendimento de um podólogo experiente, modéstia à parte, como eu, para cuidar dos problemas nos pés judiados e prevenir que novos incômodos acontecessem. No máximo, um escalda-pés e uma massagem, quem sabe, para aliviar a pressão que todos aqueles pés sofreram até chegar às margens do Rio Ipiranga, para testemunhar os famosos gritos de “independência ou morte”, proclamados por D. Pedro I.
Dois séculos depois, quando penso em toda essa história e a importância dos atos do passado, impossível não associar a palavra independência com o sentido de liberdade, em todo seu significado. E, como podólogo, creio que deveríamos proporcionar para os nossos pés mais dessa sensação de liberdade, também tão almejada por muitas nações.
Só que, na prática, não é isso que acontece! Os pés passam o dia confinados em sapatos, tênis, sapatos de salto, sapatilhas, botas, enfim, uma variedade enorme de calçados que não respeitam o projeto inicial da anatomia humana, que era andar com os pés “livres”!
A ideia de liberdade para os pés passa longe de escravizar essa parte do nosso corpo, seja por causa dos apelos da moda ou pelo “dress code” exigido por nossas atividades profissionais, e isso vale inclusive pra mim, que passo de 12 a 14 horas diárias com os pés confinados dentro de um sapato.
Eu sei que o que estou falando é utópico e quase fantasioso, afinal, todos temos compromissos que exigem que estejamos calçados, seja para trabalhar, para nos divertir, para cumprir com nossas obrigações familiares. Não dá pra gente sair por aí com os pés no chão, eu sei!
Mas, já que o nosso cotidiano não permite essa tal independência, essa liberdade para os nossos tão sobrecarregados pés, que tal reservarmos alguns momentos em casa para que possamos ficar descalços, com os pés livres de qualquer calçado, cobertura ou afins?
Afinal de contas, esse é o estado natural e para isso que os nossos pés foram projetados! Quando o verão chegar, que todos façam caminhadas na areia da praia “descalços”, proporcionando essa tal “liberdade”, pois você não imagina o bem que fará aos seus pés.
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