Desta vez, não vou falar sobre dicas técnicas ou orientações pra você evitar problemas nas unhas. Senti vontade de contar uma das muitas experiências que eu tive ao longo desses 35 anos de podologia. Pé
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E logo me vem à cabeça uma situação inusitada, mas que também serviu de lição para a minha vida profissional e pessoal. Esse episódio me marcou tanto que esse foi um dos exemplos que detalho no meu curso online, DESCOMPLICANDO A PODOLOGIA, pois essa situação mudou a minha forma de interagir com o cliente. Até porque, em outros momentos, eu também sou cliente cortando os cabelos, comprando uma roupa, um sapato, no dentista, no mecânico, na padaria, enfim, numa série de outras situações.
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Essa situação se passou em 1994 e eu tinha acabado de me desligar da equipe do Dr. Scholl, espaço extremamente tradicional em Santos e que manteve os atendimentos por mais de 50 anos, sendo, para mim, uma verdadeira escola.
Eu estava super empolgado com a possibilidade de crescimento profissional, numa nova fase como podólogo, então, numa manhã de segunda-feira (primeiro cliente da semana) fui atender um senhor muito distinto e educado, vestindo um terno de linho e usando um chapéu Panamá.
Um visual mais antigo, porém, muito alinhado. Quando entrei na minha sala, ele já estava acomodado, mas eu logo notei um pequeno detalhe: ele só havia tirado o sapato de um pé, o outro pé ainda estava com o calçado. É aí que começa o meu aprendizado!
Eu, todo solicito, falei para aquele senhor: “Por favor, tire o outro sapato, pois eu vou deixar os seus pés perfeitos”. E ele, educadamente, respondeu: “Não rapaz, eu agradeço, mas se você olhar no meu dedinho, vai perceber que eu tenho um calo dorsal (em cima do dedo) e só quero que tire ele, nada mais!”.
E eu, tentando ser gentil, respondi: “Isso é um absurdo, pois o senhor vai pagar o mesmo se eu cuidar de um ou dos dois pés, então faça os dois, é claro”. Resumindo muito essa história, eu insisti tanto, mas tanto, que o senhor ficou irritado e soltou: “VOCÊ QUER FAZER OS DOIS PÉS? ENTÃO FAÇA!”.
Quando ele tirou o outro sapato e a meia, eu, ingenuamente, fui fazer os procedimentos normais de uma sessão de podologia e pensei, por um segundo, que ele tinha os dedos grudados. Será? O que é isso? Mais cinco segundos e eu percebi que era uma prótese e, como havia ficado claro, aquele senhor não se sentia bem em mostrá-la. Ele, novamente, disse: “AGORA FAZ!”. Eu, simplesmente não sabia o que dizer, fiquei com a cara no chão e passei uma vergonha gigante!
Moral da história: excesso de qualquer coisa pode ser negativo, até de boa vontade. Para quem lida com pessoas, é necessário saber o limite entre ser bom e ser inconveniente. Nunca mais vi esse senhor, pois ele deve ter me achado um chato insistente. Com essa situação, aprendi a lição e passei a ouvir mais o que o cliente e as pessoas desejam e se o pedido for coerente e dentro do que rege a minha atuação profissional, eu faço!
Acho que essa história ilustra bem o comportamento de muitas pessoas, como foi no meu caso! Só me deem um crédito, afinal de contas, isso aconteceu há 29 anos…
Fica a dica e grande abraço!
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