“Foi só um beijinho no rosto.” Não. Não foi


beijinho
Reprodução

Aconteceu de novo. A repórter Jéssica Dias, dos canais ESPN, virou um dos assuntos da semana por um assunto tão indesejado quanto comum: importunação sexual. Foi antes do jogo entre Flamengo e Vélez Sarsfield, pela semifinal da Libertadores. Durante a entrada ao vivo, um beijo no rosto foi o auge de um comportamento absolutamente inadequado. O nome do assediador: Marcelo Benevides Silva. beijinho

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Segundo relato da jornalista, que recebeu apoio da empresa onde trabalha, do próprio Flamengo e de muitos colegas de profissão, o assédio começou bem antes da entrada ao vivo.

“Foi só um beijinho no rosto. Não, não foi. Antes tiveram muitos xingamentos e importunação, porque o ao vivo demorava. Pedi calma e para que [ele] não ficasse xingando, não precisava. Vieram os ‘pedidos de desculpa’, com alisamentos nos ombros e um beijo no local. Eu estava prestes a ser chamada para o link e mantive a posição, existe uma logística que exige concentração. Outra tentativa de beijo no ombro”, escreveu Jéssica nas redes sociais.

O futebol, ainda, é dos esportes onde o preconceito com as mulheres ainda fala alto. Aliás, grita. A simples presença de mulheres como repórteres, comentaristas e narradoras não é digerida por “torcedores-raiz”. Acham que é uma “imposição”. Sim, é. O bom senso, que zela por oportunidades iguais, é imperioso.

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Semana passada, o Esporte Espetacular mostrou a história da Rádio Mulher, uma equipe esportiva que atuou em São Paulo nos anos 1970. Entre as repórteres, a apresentadora Claudete Troiano, que nunca se fez de rogada e tinha respeito até mesmo do Rei Pelé. Se Sua Majestade a distinguia, porque aceitar desaforos dos reles mortais?

Falamos de quase 50 anos atrás. O mundo mudou, mas o futebol, muito pouco. É comum ouvir críticas a mulheres “que não entendem nada” de futebol. O episódio com Jéssica não é estranho a um ambiente ainda inóspito para mulheres. Não são poucas as xingadas, ofendidas ou coisa pior no ambiente dos estádios. Precisamos crescer como seres humanos, para que “apenas beijinhos”, sujos e inapropriados, deixem de existir.

Fotos colunistas Anderson Firmino - 40EMAIS

Anderson Firmino

Anderson Firmino é jornalista formado em 2001 pela Universidade Católica de Santos (UniSantos). Trabalhou no jornal A Tribuna entre 2006 e 2018.

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