Buenossss.
‘Você é o que faz,
Se você faz o que quer à noite’.
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Quem me conhece sabe que sempre fui, sou e serei da noite. Passei infância e adolescência acordando cedaço, porque meu velho pai Joaquim (eeêe), talvez intuindo essa minha vocação noturna, me matriculava todo ano no período da manhã. Estudei a vida inteira em escola pública, num tempo em que a escola pública era forte, antes de ser sucateada por governos inescrupulosos que atendiam e ainda atendem aos interesses da ‘indústria do ensino’. Bueno, mas isso é um outro assunto, sorrrry.
Voltando, então, só passei pro período noturno quando comecei a trabalhar, aos quinze anos. Seeeempre de manhã, sempre de manhã. Mas nem assim me acostumei a acordar cedo. Porque no que comecei a atuar profissionalmente com música em 1979 e no que fui aprovado em um concurso público para o cais do porto em 1982, veio então a possibilidade de trabalhar à noite, aaaaaaaahh, aí eu me abracei.
E assim tem sido, anos e anos, noites e madrugadas em cima de palcos e conveses.
‘Eu faço samba e amor até mais tarde
E tenho muito sono de manhã’.
Eis que esses dias fui pra Maceió. A passeio. Fui para fugir da chuva e do frio (que tempo é esse, em Santos?) e descansar a cabeça, um pouco. Levei uma muda de roupa e ele, claro, o violão.
Então. Sábado passado, cheguei da noitada e estava com um pouco de fome (e sede). Na pracinha em frente à pousada onde me hospedei, havia um trailer que servia espetinhos, aqueles de sempre. E cervejas.
Ali fiquei, uma caixa de som tocando um monte de coisas boas e ruins. Conheci um cara bacana que trajava a camisa do CRB, ele havia sido músico profissional, ficamos conversando. Foi quando tive a ideia (e a vontade) de buscar o violão no quarto. Voltei, o rapaz gente boa do trailer desligou a caixa e ficamos cantando e tocando na madrugada de Maceió, sem profissionalismos, sem obrigações, a Lua no céu, bêbados, que bom.
Eu, Luiz, ainda que tão triste pelas tantas pessoas que se foram e estão indo nessa pandemia louca e vendo o país mergulhado na estupidez e na ignorância, consegui estar tão próximo de ser feliz.
Realmente, só a noite é capaz disso.
Inté, besos a todes.
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A noite fez com que muitos de nós tornassemos.amigos , você mais do que ninguém sabe disso. A sua crônica falou do seu tempo e do tempo de duas cidades a beira-mar. Da Música que está impregnada na sua alma. Guarde todos os seus escritos para transformá-los em um livro. Salve Negron poeta, escritor, compositor, cantor, que sempre me ajudou a viver mais feliz.
Sensacional essa sua passagem ! E sao esses pequenos momentos de felicidade é que fazem a vida valer a pena! 🙂 (mas os meus momentos coleciono de dia hehehe)
Me senti em Maceió, agora, virando a madrugada bêbada e cantando com vocês. Que bom!