Buenossss. poeta
E aí abri a minha bibliodiscoteca e peguei um livro de Vinicius. Pra mostrar pra namorada que ama ele. Poemas, sonetos, caracas, como Vinicius é bom. Não conheço, em língua portuguesa, quem melhor tenha falado de amor.
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Noite dessas, tocando com meu trio, o L.D.O, num botequim de Long Beach – minha Praia Grande querida – pediram ‘Samba da Bênção’, parceria do poetinha com Baden Powell. Nunca havia cantado essa canção, então acessei a internet – maravilhas da tecnologia – e baixei a letra e mandei ver. E não é que, além de ter saído de prima – parabéns a Odilon de Carvalho & Delcinho Mendes, meus parças – ainda recebemos um aplauso no meio da canção?
‘Ponha um pouco de amor numa cadência
E vai ver que ninguém no mundo vence
A beleza que tem um samba, não,
Porque o samba nasceu lá na Bahia
E se hoje ele é branco na poesia,
Se hoje ele é branco na poesia,
Ele é negro demais no coração’.
É isso, quem não gosta de Vinicius, bom sujeito não é.
Eu sempre digo que algumas canções da nossa tão maltratada M. P. B. deveriam ser o hino nacional. Uma delas é ‘Garota de Ipanema’. Ah, é, qualquer dia desses preciso falar do Tom, mas aí vai ter de ser outra coluna. Enfim.
Então, são dessas coisas que acontecem, a gente esquece, não por falta de cuidado, de alguma grande influência na nossa música e de repente, por alguma razão, relembramos, retomamos, revisitamos, cantamos. Agora, peguei a cantar Vinicius por aí. Porque nunca precisamos tanto de amor como nesses tempos de estupidez e ignorância.
‘De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
Estoril, outubro de 1939’.
Precisa dizer mais alguma coisa?
Até a próxima. Besos a todes.
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Mais uma vez, Parabéns. Aguardando ansiosamente a crônica sobre TOM.