Dezoito por cento. Coloco assim, por extenso mesmo, pra destacar o índice de brasileiros que afirmaram estar bebendo mais durante a pandemia do novo coronavírus, segundo estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). É um dado preocupante e que serve de alerta para marcar o Dia Nacional de Combate às Drogas e ao Alcoolismo, 20 de fevereiro.
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E o que a pandemia tem a ver com o aumento do consumo de bebida alcoólica? A mesma pesquisa relaciona que o estado de ânimo, a frequência de sentimentos de tristeza e depressão aparecem como possíveis causas para essa alta. Um quarto dos entrevistados que citaram essas sensações elevaram a ingestão do álcool.
O alcoolismo é uma questão de saúde pública, uma doença que deixou de ser glamourizada há muito tempo, principalmente nas telonas. Assim como cigarro, quando um ator aparecia com sua taça na mão era sinônimo de elegância, atitude até. Os conceitos mudaram, e o cinema tem papel fundamental para amplificar as discussões de temas polêmicos.
Para reforçar essa importância, separei 5 dicas de filmes que abordam a temática drogas e alcoolismo de uma maneira transparente, sem romantizações e que deixam importantes reflexões.Confira:
Despedida em Las Vegas
Vi esse filme aos 22 anos. Cursava a faculdade de Jornalismo, numa quadra rodeada por bares nos quais – eu sabia – se consumia de tudo, às escondidas, claro. Fiquei muito impactada com a história do Ben Sanderson (Nicolas Cage), que, ao ser demitido, dirige até Las Vegas e bebe até morrer, literalmente. Ele conhece uma prostituta nessa jornada, Sera (Elisabeth Shue), e divide com ela as dores e os prazeres do final da sua jornada neste plano. Antes de chegar a esse ponto, ele já havia perdido família e amigos por causa do alcoolismo. É um filme profundo e que mostra o quanto o vício leva a pessoa a uma autodestruição consciente, muitas vezes.
28 dias
Eu adoro a Sandra Bullock, que interpreta a jornalista Gwen Cummings, uma beberrona contumaz. Ela segue os dias nessa vibe vida loka, bebendo como se não houvesse amanhã, até arruinar a festa de casamento da irmã. Bêbada, pega uma limousine e se envolve num acidente. Como punição, ela pode ir presa ou passar 28 dias numa clínica de reabilitação. Na clínica, Gwen é resistente a todos os programas de tratamento oferecidos e não admite seus problemas com alcoolismo. No caminho da cura, ela começa a se enxergar e busca fazer as pazes consigo mesma e seu passado.
Nasce uma Estrela
Eu já vi tantas vezes esse filme, e sempre fico criando finais imaginários para que Jackson Maine (Bradley Cooper) superasse seus fantasmas e vencesse o vício no álcool e suas consequências. Mas nem a paixão pela mulher, Ally (Lady Gaga), foi suficiente para resgatar Jack dele mesmo. Uma reflexão sobre o ter tudo e, mesmo assim, não ter o necessário, já que Jack tinha fama e seguia afundando no vício. Tudo isso ao som de uma trilha sonora que eu amo, com destaque para Shallow e Always Remember Us This Way, a minha música preferida. É pra ver, chorar e pensar: as escolhas que faço me salvam ou me condenam?
O Voo
Mais um na linha de filmes que fazem prender a respiração, sabe? Eita roteiro bem amarrado e que te segura sempre num ritmo crescente. Dirigido por Robert Zemeckis, o longa mostra as consequências do consumo de álcool e cocaína na vida do piloto de avião William “Whip” Whitaker, interpretado pelo brilhante Denzel Washington. Num voo de rotina, ele literalmente dorme no comando da aeronave, que começa a mergulhar prestes a cair, mas Whip executa manobras sensacionais, incluindo um voo invertido, e consegue fazer um pouso de emergência. Apesar de evitar o pior, seis pessoas morreram por causa do acidente e Whip enfrenta uma investigação que comprova seus problemas com drogas, uma verdade que ele negava perigosamente.
A garota no trem
Eu gosto de absolutamente tudo que a Emily Blunt faz! E neste filme, ela encarna o pior momento de um ser humano, quando ele se vê deplorável e não consegue reagir a isso. Emily dá vida à Rachel, que viveu um divórcio conturbado provocado por seu alcoolismo. Tudo por causa de uma ferida não curada, pela morte de um filho. Ela entra numa espécie de modo automático na vida, o que muda quando, da janela do trem no trajeto trabalho-casa, passa a observar um jovem casal, fantasiando situações e se envolvendo de maneira confusa no desaparecimento da mulher. É eletrizante acompanhar o desenrolar dos fatos e como ela vai ficando cada vez mais implicada, pelo simples fato de não se lembrar com clareza do que aconteceu, pois estava bêbada.
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