4 livros que viraram filmes imperdíveis!


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Octavia Spencer |Copyright 2017 Concorde Filmverleih GmbH / Jake Giles Netter

Tem livro que é bom demais pra ficar apenas nas páginas e, para o nosso deleite, inspira a indústria do cinema a transformar letras em imagens na telona – ou, agora, na telinha da nossa casa.

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Gosto muito desse movimento, de ver em cenas aquilo que eu projetei na minha mente. A gente lê os livros e cria a nossa própria produção, mas tudo fica na nossa cabeça, no nosso coração, no nosso sentir. A mesma personagem é imaginada de inúmeras maneiras por cada pessoa, da mesma forma que um lago, uma estrada e um pôr do sol têm cores diferentes na nossa tela pessoal.  

Cada um projeta em si a percepção do que leu. Por isso mesmo eu acho surpreendente ver um livro nas telas e me deparar com uma visão totalmente diferente da que eu tive quando lia a obra, mas não menos encantadora – quase sempre. Gosto de fazer o caminho inverso também às vezes: ver o filme e, depois, ler o livro. Os impactos são distintos, mas igualmente especiais, pra mim.

Foi assim que fiz com A Cabana, contrariando as dicas familiares. Vi o filme, que é baseado no livro de William P. Younge, de 2007, e depois que ele acabou, fiquei uns 15 minutos digerindo, absorvendo, sentindo a força daquela mensagem tão linda, sobre o poder divino. Quando me sinto perdida na minha fé, gosto de rever esse filme, sinto a dor do pai que perdeu a filhinha e não se conforma com o luto, mas também vivo a entrega dele neste encontro com Deus, Jesus e o Espírito Santo. 

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Amélie Eve , Megan Charpentier , Gage Munroe , Sam Worthington |Copyright 2017 Concorde Filmverleih GmbH / Jake Giles Netter

Esse livro eu li bem aos poucos, intercalando trechos e refletindo sobre eles. É intenso também e por vezes, denso demais, dependendo do momento em que estamos. Mas sempre fica um sentimento de renovação e esperança!

Nem todos os livros me prendem mais que os filmes, como é o caso de A Culpa é das Estrelas. Sou apaixonada pela dupla Augustus e Hazel, pela resiliência com que encaram suas doenças e a certeza de um fim mais breve do que gostariam. A trilha sonora, a descoberta do amor entre eles e as paisagens de Amsterdã deixam o filme muito mais vívido, pra mim, do que a leitura. Talvez seja porque a escolha dos atores é uma daquelas que eternizam mais os personagens do que a história em si. Nada contra o livro de John Green, de 2012, que deu vida ao filme.

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Ansel Elgort |Copyright 20th Century Fox

Já falei que leio e vejo muitas coisas sobre o Holocausto, né? Tento entender mais e mais sobre esse infeliz período da história mundial e suas consequências até hoje. Não, não tenho nenhuma descendência judia, mas a dor dos judeus é como se fosse a minha, de um familiar. Me comovo muito. E, nesse tema, tenho preferido mais ver do que ler, porque consigo respirar e processar melhor os fatos, ver a cara de deve arcar com essa conta histórica, sendo mais direta.

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Por isso mesmo gostei muito do filme O Menino do Pijama Listrado, que é baseado no livro do autor John Boyne, de 2006. O nome do filme faz referência ao uniforme que os prisioneiros de campos de concentração usavam, no Holocausto, e conta uma improvável amizade entre o filho do comandante e um menino judeu. Ambos de 8 anos, separados por uma cerca de arame farpado e igualmente tolhidos da sua liberdade em decorrência da guerra. 

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Glen Powell , Octavia Spencer , Taraji P. Henson |Copyright 2016 Twentieth Century Fox

Estrelas Além do Tempo é uma história que nos faz ter vontade de superar qualquer obstáculo. O filme estreou poucos meses depois de o livro, de Margot Lee Shetterly, chegar às prateleiras, em 2016. Conta a história real de três cientistas afro-americanas que trabalharam no Centro de Pesquisas Langley, da NASA: Katherine Johnson e Dorothy Vaughan, matemáticas, e Mary Jackson, matemática que sonhava – e conseguiu – se tornar engenheira. 

As atrizes Janelle Monáe (Mary), Taraji P. Henson (Katherine) e Octavia Spencer (Dorothy) dão vida às mulheres que enfrentam todo tipo de preconceito e dificuldade para exercerem suas capacidades, que não são poucas. Além de mostrar a corrida espacial nos 60, a história traz uma importante reflexão sobre a segregação racial nos Estados Unidos. Não li o livro, mas o filme eu já perdi as contas de quantas vezes assisti.

Acho que não é receita certa para a escolha filme ou livro. Há momentos em que vamos nos deliciar nas páginas e em outras ocasiões, as imagens vão nos cativar mais. O que vale mesmo é escolher uma boa história e se entregar a esse momento, seja com as cenas ou com as palavras!

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Fabiana Honorato

Jornalista formada há 23 anos. Vou compartilhar a minha paixão por séries, filmes, documentários, programas culturais e outras dicas para você curtir na tela ou fora dela.

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