Eu já tinha outro tema pra esta coluna. Mas a morte do príncipe Philip, neste 9 de abril de 2021, não me deixou pensar em outra coisa a não ser na trajetória do homem por trás da rainha com o mais longo reinado da história do Reino Unido, 69 anos e contando.
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O Duque de Edimburgo completaria 100 anos em junho e vinha com a saúde bem debilitada, tendo até se submetido a uma cirurgia no coração em fevereiro deste ano. Tudo noticiado da forma comedida, como reza a cartilha da rainha Elizabeth II.
Minha coluna de estreia aqui falava justamente sobre a série The Crown, da Netflix, e meu fascínio pelo tema família real britânica. Antes de ver a série, eu já havia devorado alguns documentários, filmes e lido notícias sobre as fofocas reais. Nem sei dizer exatamente quando meu interesse começou, mas desde que me vi atraída pelo tema, o papel do príncipe Philip nesse enredo majestoso sempre me chamou muita atenção.
Casou com a rainha Elizabeth II em 1947, mas precisou renunciar à religião ortodoxa, à sua cidadania grega – ele nasceu na Ilha Grega de Corfu – e aos seus títulos anteriores. Sabia que ele nasceu Príncipe Philip da Grécia e da Dinamarca, era bisneto da rainha Victoria, assim como a própria rainha Elizabeth II (são primos distantes) e foi super condecorado?
Deixou a Ilha de Corfu numa caixa de laranja, com a família, a bordo de um navio britânico. Sem glamour nenhum, né? Mas, as coisas tinham de ser como tinha de ser. E ele protagonizou um verdadeiro conto de fadas ao casar com a Lilibeth, apelido da rainha, logo após o fim da Segunda Guerra Mundial.
Era o combustível que o povo do Reino Unido precisava no pós guerra. Ele, um homem de porte atlético, loiro, olhos azuis, galanteador. Ela, jovem, apaixonada, cheia de planos para curtir a vida com seus cavalos e cães de raça ao lado de Philip. Foi um acontecimento!
De lá pra cá, teve tanto babado na vida do Duque de Edimburgo e muita coisa pode ser entendida nos filmes e documentários que encontramos nos streamings. Eu descobri que ele não era muito querido pela mãe de Lilibeth; vivia cometendo gafes; foi muito mulherengo e adorava uma farra; ficou muito louco da vida quando soube que os filhos não poderiam ter o sobrenome do pai, pois precisavam levar o sobrenome real; e que ele nunca aprovou a união de Charles e Diana e muito menos a de Charles e Camilla Parker Bowles.
Mas também soube que ele é um dos responsáveis pela modernização de muitos conceitos da família real, que evitava a torta de climão nos encontros da família, que deu o suporte necessário pra uma jovem, coroada com 25 anos, seguir firme e forte à frente da Commonwealth of Nations (Reinos da Comunidade de Nações), que reúne países como Austrália, o Canadá, a Jamaica e a Nova Zelândia, dentre outras qualidades.
Agora, vou te sugerir alguns filmes e séries pra conhecer mais sobre o Duque de Edimburgo e tirar as suas conclusões sobre o homem que andava sempre atrás da esposa e rainha, como rege o protocolo, mas em quatro paredes era um verdadeiro chefe de família.
The Crown
Já falei sobre essa série, que ainda aguarda a quinta e talvez última temporada. Há muito sobre a vida e o passado de Philip e sua família, com cenas que mostram sua infância num internato áustero na Escócia, sua paixão por servir à Marinha Britânica, a relação difícil com a mãe e o acolhimento do tio e figura importantíssima na história da família real, o Conde de Mountbatten. Sem falar nas traições à rainha e nos conflitos gerados por seu olhar modernizador. Só veja!
A Rainha
Esse filme mostra como esse olhar mais humanizado é difícil de se esperar por parte da família real. O eixo da história é a morte da princesa Diana e toda a inabilidade do palácio em lidar com a comoção que a tragédia gerou. Tem Helen Mirren no papel da rainha e James Cromwell como Philip. É o olhar da família sobre um fato histórico que transcendeu a própria realeza e eles não entendiam, até então, que a Diana era maior que seu título real.
The Royal House of Windsor
Esse documentário, em seis episódios, é sensacional. Principalmente pra entender a geopolítica que envolve os poderes da rainha e suas influências. O legal é que são imagens reais, sejam fotos, documentos ou vídeos, contando o antes e o durante do reinado Elisabeth. Muitos fatos históricos importantes mundialmente são detalhados e se misturam com a vida dos membros reais. Tem depoimentos de historiadores, ex-funcionários do palácio e biógrafos. Eu amei!
Diana: Her True Story
Filme que mostra mais a parte do casamento falido entre Diana e Charles, mas antes do divórcio, e toda a pressão que o palácio fazia em cima dos dois, incluindo, claro, Philip. É um filme de 1993, portanto, antes da morte da princesa. Não tem o mesmo apelo que as produções feitas depois da tragédia, mas já sinaliza o quanto ela se tornou um ícone e ofuscava os demais membros da família real.
Esses são os que eu assisti e nos quais você irá tirar suas conclusões sobre quem foi o príncipe Philip. Mocinho ou vilão, que ele descanse em paz.
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Que delícia de texto Fabiana. Semana que vem na coluna de viagens vou falar exatamente sobre a Ilha Grega de Corfu onde ele nasceu.