Em 21 de julho, tive oportunidade de conversar com Sérgio Santos Rodrigues, presidente do Cruzeiro, para o canal Só Esportes. Naquela noite, ele participou de evento organizado pelo LIDE Litoral Paulista, no Clube XV, em Santos.
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Na pauta principal, a mesma do evento, falamos de SAF (Sociedade Anônima do Futebol), criada pela Lei 14.193/2021 e promulgada em 6 de agosto do ano passado. É a que permite que os clubes de futebol sejam transformados em empresas.
O clube mineiro, presidido por Sérgio, abriu esta porteira, que vai sendo seguida em outras agremiações, assim que aprovadas pelos respectivos Conselhos Deliberativos. E ele deixou claro que a SAF não pode ser considerada uma salvação para todos os clubes.
“Não é a salvação. É para alguns clubes, como o Cruzeiro, que passou por problemas políticos, necessidade de colocar dinheiro rápido e engenharia financeira, mas é um grande passo para a profisionalização do futebol brasileiro, que é necessária ser feita e que vai gerar boas consequências no futuro”, afirma. “Tem muita gente que quer um financiador e não um investidor”, emenda.
Dentro desse aspecto, outra confusão que tem de ser desfeita – e é comum entre torcedores – é que SAF é sinônimo de dinheiro fácil. “Vai lá no Cruzeiro pra você ver se é fácil”, disse, rindo. “Existem modelos diferentes, claro. No Cruzeiro, é um modelo bacana trazido por uma pessoa que, além de ser conhecida e ter prestígio, veio para fazer gestão e modelo sustentável”, argumentou Sérgio, referindo-se ao atacante Ronaldo Fenômeno, um dos líderes do penta mundial da Seleção em 2002 e lançado pelo Cruzeiro.
O presidente do clube mineiro não recomenda que se atrele o resultado desportivo ao sucesso da gestão. “É o médio e longo prazo que vão dizer isso”, afirma, lembrando das situações de Vasco e Botafogo, outros clubes atualmente regidos por SAFs, mas de características diferentes e com situações em campo igualmente distintas.
Sérgio Santos Rodrigues também acredita que a SAF contribui para que uma nova tentativa de criação de Liga entre os principais clubes brasileiros possa ser melhor sucedida. Há duas em desenvolvimento e arregimentando integrantes: a Libra (a que estão Cruzeiro e Santos, por exemplo) e a Forte Futebol (um dos integrantes é o Atlético/MG).
“São coisas que caminham juntas, por mais que não seja necessária uma coisa para a outra. A chegada de novos atores é fundamental para mostrar estruturação, atuando junto aos clubes e à própria mentalidade deles, de forma a mostrar como o dinheiro chega. O momento tem que ser agora. O atual contrato vence em 2024. Os clubes têm de se estruturar”.
A íntegra da entrevista que fiz com o presidente do Cruzeiro, antes do evento promovido pelo LIDE Litoral Paulista, está disponível no canal Só Esportes. Eis o link:
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