Quando Pedro Macedo começava a falar, o bordão não poderia faltar: “A vida é boa, a felicidade existe”. O narrador esportivo, que fez história no rádio de Santos e morreu neste domingo (10), aos 78 anos, cumpriu esta máxima à risca.
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O sorriso e a fina – e crítica – ironia em cada uma das palavras eram marcantes na abordagem de qualquer assunto, em especial envolvendo o Santos, clube do qual era sócio remido.
As tribunas mais recentes das quais participou são prova disso, caso da equipe do Radar Esportivo, comandada por Paulo Alberto na Rádio Guarujá AM e na TV Com – atualmente apenas nas ondas radiofônicas – e no Canal do Santos FC, programa levado ao ar pela mesma emissora de televisão.
Em meio a tudo isso, reminiscências de um tempo em que o futebol era diferente. E a própria comunicação esportiva. Basta lembrar de um feito muito interessante de sua carreira: ele precisou de autorização judicial para narrar um jogo entre Santos e América/RJ, no Maracanã, em 1958. O motivo é que ele nem 15 anos havia completado e isso era necessário para que viajasse para a Cidade Maravilhosa.
Outra passagem curiosa da trajetória de Pedro Macedo foi ter conhecido a atriz Brigitte Bardot em 1971, durante a cobertura de um jogo beneficente entre o Santos e um Combinado Francês, no Parque dos Príncipes, em Paris, em prol de campanha contra o câncer naquele país. Ela, inclusive, deu o pontapé inicial da partida.
Foram muitos prefixos radiofônicos na Baixada Santista, casos da Rádio Cultura de São Vicente, Rádio Guarujá, Rádio Cacique e Rádio Atlântica. E eu tive a honra de estar com Pedro Macedo em edições do Radar Esportivo na TV Com. Ele sempre fazia questão de cumprimentar a todos, com a alegria estampada e querendo saber das novidades de cada um.
É, Pedro, a vida é boa e a felicidade existe. Por outro lado, a tristeza fica porque a comunicação da Baixada Santista perde mais um pedaço de sua gloriosa história.
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