O Santos costumava fazer gato e sapato diante do Corinthians entre o final dos anos 1950 e boa parte da década seguinte, os tempos mágicos do esquadrão de ouro formado pelo Peixe. Não importava a competição. Era garantido o bicho, gratificação recebida pelos jogadores em caso de vitória.
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Os próprios jogadores adversários começaram a, digamos, se acostumar com aquela situação. Mesmo quando abriam o placar, o medo era que o Peixe empatasse e virasse, o que muitas vezes acontecia. E até goleasse, como também ocorria.
Não à toa, a equipe sobre a qual Pelé marcou mais vezes em sua carreira foi justamente a do Parque São Jorge: 50 gols. Vale recordar que a primeira bola na rede do então futuro Rei, logo na primeira vez em que atuou pelo Santos, teve como vítima um Corinthians, mas o de Santo André, já extinto, em um sonoro 7 a 1. Este, no entanto, não figura nestas estatísticas.
É surpreendente imaginar que Pelé tenha feito apenas um gol em um campeonato? Sem dúvida que é. Isso aconteceu com o Rei já veterano, na virada dos 30 para os 31 anos, no Brasileirão de 1971. E justamente contra o Corinthians.
Os rivais se enfrentaram na noite de 30 de outubro daquele ano, em um Pacaembu que recebeu o incrível público de 64.772 torcedores. O golaço de Pelé, no entanto, não foi um daqueles lances costumeiros, com dribles impossíveis. Saiu em cobrança de falta, aos 28 minutos do primeiro tempo. Mas não deixou de ser uma linda bola na rede, pois o Rei uniu colocação e força para mandar no ângulo direito do goleiro Sidnei.
O Corinthians acabou empatando e definindo o placar de 1 a 1 com Rivellino, já no final da segunda etapa, em situação semelhante a que o Santos cansou de fazer por tantos anos. E o Peixe, por sua vez, não fugiu à regra, com um gol do eterno Rei diante da equipe do Parque São Jorge. Foi o de número 48, antepenúltimo de uma série que nenhum torcedor do Peixe esquece.
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