A agricultura orgânica é o sistema de produção que exclui o uso de fertilizantes sintéticos de alta solubilidade e agrotóxicos, além de reguladores de crescimento e aditivos sintéticos para a alimentação animal.
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Os alimentos assim produzidos (orgânicos) são mais saborosos, duráveis e, claro, livres de agroquímicos, ou “venenos”. Esse tipo de sistema é comprometido com a organicidade e sanidade da produção de alimentos vivos para garantir a saúde da população.
É uma área que exige muita pesquisa e desenvolvimento de tecnologias que propiciem a restauração da biodiversidade com práticas de adubação e fertilização com adubos naturais, minhocultura, rotação de culturas, uso de curvas de níveis no solo para prevenir erosão, uso racional da água, sustentabilidade e apoio à agricultura familiar.
Mas por que devemos investir em alimentos orgânicos? A ingestão de agrotóxicos aumenta, significativamente, o risco de desenvolvermos câncer. Diversos agrotóxicos, entre eles o glifosato (aprovado para uso no Brasil pela ANVISA), possuem toxicidade comprovada e são proibidos em diversos países.
O consumo crônico de alimentos com resíduos deste herbicida afeta o sistema imunológico, a fertilidade, causam malformações, desregulação hormonal entre outros problemas. Não devemos esquecer, claro, da exposição aguda a este agrotóxico no campo, que causa problemas para quem lida diretamente com essas substâncias.
O problema é maior ainda se analisarmos os dados referentes ao uso de agrotóxicos no Brasil, que se encontra entre os primeiros países no ranking dos que mais utilizam essas substâncias na agricultura. A ANVISA por meio de um Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA) realiza o monitoramento, identificando e quantificando os agrotóxicos nos alimentos vegetais mais consumidos pela população brasileira.
No último relatório, felizmente houve redução do percentual de alimentos detectados com potencial para risco agudo (< 1% entre 4616 amostras analisadas), em metade das amostras analisadas não foram detectados resíduos de agrotóxicos. A notícia ruim do relatório é que em 23% das amostras, havia inconformidades no conteúdo dessas substâncias.
O que fazer então, na prática, para reduzir o consumo desses alimentos? Procurar substituir os alimentos mais frequentes no seu dia-a-dia pelo alimento orgânico. Isso inclui favorecer o pequeno agricultor consumindo alimentos de feiras orgânicas locais, observar o Certificado de agricultor orgânico, que é um documento emitido pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), e, ao comprar alimentos orgânicos embalados, verificar a presença do selo de certificação.
Para encontrar mais informações sobre os alimentos orgânicos no Brasil, visite o site da Associação dos Agricultores Orgânicos (AAO), e para encontrar feiras de produtos orgânicos perto de você, entre em: https://feirasorganicas.org.br/comidadeverdade.
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