Aquele drink azul

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drink azul

Tá certo que a família estava unida e feliz. E que as crianças eram pequenas e se contentavam em brincar de artistas mirins. Com maquiagens, microfones imaginários e imitações dos ídolos da tevê. Mas era tão bom!

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Tá certo que ninguém ficava pendurado no celular, mandando vídeos e trocando mensagens com amigos de fora… Os mais importantes estavam ali! Mas aquele drink azul unia toda a família…

E todo ano era assim. Natal na casa do irmão mais velho. Às vezes, no mais novo. Às vezes, na casa da mãe. O drink azul abria as comemorações! Lembro vagamente a receita… um pouco de soda, gin e Curaçao blue! Na borda, ia açúcar. Ah, e o limão cortadinho, que não podia faltar! 

Tá certo que depois vinham camarões na moranga, da dedicada cunhada. O bacalhau português, da sogra orgulhosa. A maionese, tão leve, da mãe, feita com amor e atenção para chegar no ponto certo no liquidificador! E a noite inteira para sorrir e trocar presentes. Presentinhos. A gente não tinha lá muito dinheiro…

Ninguém reclamava nas redes. Não havia redes. E os políticos? Deviam aprontar, como sempre… Mas não era esse o assunto. Era sempre aquele drink azul…. Mortal! E hoje, imortal. Abria o apetite e o coração! E tinha algo marinho nele. Cor de oceano profundo. Águas calmas onde a família mergulhava feliz. 

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Faz um tempão tudo isso… Já não temos mais esses grandes natais na família. As crianças cresceram e passam a festa com outras famílias. Alguns casais se dissolveram…O irmão mais velho já se foi… A mãe não consegue mais andar, muito menos fazer maionese…  

E quando a saudade aperta, eu lembro daquele drink azul… Deve ser culpa dele, essa minha vontade de chorar…  

 
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Ines Bari

Conheça a Coluna de Ines Bari
Sou Inês Bari, formada na Faculdade de Comunicação de Santos. Escritora, radialista, compositora, publicitária, roteirista e sonhadora na maior parte do tempo. Coordenei a Rádio Tribuna de Santos por 28 anos (1985 a 2013). Fui integrante do Grupo Picaré de Poesia Independente no período Acadêmico. Em 82 lancei o livro de poesias Sol da Noite que me levou à Bienal de São Paulo em 84. Em 2015, escrevi o primeiro livro de crônicas do cotidiano, o Inesplicando Vol.1, lançado pela Chiado Books, editora para qual faço resenhas. A partir de 2018, realizei a palestra Do Rádio ao Blog no Sesc Santos, Centro Histórico de São Vicente, Livraria Cultura em São Paulo, entre outras. Em 2020, lancei o segundo livro de crônicas, o Inesplicando Vol2, pela Chiado e participei da Bienal Internacional do Rio de Janeiro. Atualmente, além de dar continuidade ao blog de crônicas Inesplicando.blogspot.com, dedico-me ao projeto literário-musical “Vem que Trem Poesia!” Por tudo isso, são tantas histórias pra contar e espero poder compartilhar com você!

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