Quando falamos de amor podemos pensar no amor-próprio e no amor por outras pessoas.
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É essencial que o amor-próprio e o autocuidado aconteçam em primeiro lugar. Sem eles, o amor pelos outros se torna pouco saudável, pois estamos colocando essas pessoas em primeiro lugar. Saiba que pensar assim não é egoísmo, e sim a consciência de que, se não estivermos bem, como vamos fazer algo pelos outros? Quando viajamos em um avião, a(o) comissária(o) de bordo diz: “Se houver despressurização, máscaras de oxigênio cairão. Se estiver com alguma criança ou alguém que precise ajudar, primeiro coloque a máscara em você e depois na outra pessoa”. Este é um exemplo claro da necessidade do bem-estar próprio para estar pronto e apto para ajudar e cuidar de alguém.
Quando vivemos dinâmicas inconscientes como, ficar oferendo ajuda, fazer coisas aos outros que não são pedidas e/ou ajudar pessoas que não querem ser ajudadas, estamos pensando e falando: os outros são mais importantes de nós. Essa dinâmica inconsciente pode vir de situações vividas no passado como educação rígida, brigas e ausência dos pais. A criança, muitas vezes, pode se sentir culpada, rejeitada por esses pais ou familiares que não cuidaram dela como gostaria. Na vida adulta, essa pessoa pode sentir necessidade de agradar os outros em excesso para se sentir amada, aceita e pertencente ao seu sistema familiar.
Ajudar as pessoas é um grande gesto de amor e é importante que seja realizado de maneira consciente e quando estamos bem para fazer isso.
Os dois tipos de amor são essenciais e fazem parte de nossas vidas, mas cabe a cada um saber o quanto vai se dedicar a cada um deles para ter uma vida mais saudável e equilibrada. Quando não sabemos lidar com isso, talvez seja o momento de buscar autoconhecimento para descobrir e entender quais são as dinâmicas ocultas (inconscientes) que estão fazendo com que este desequilíbrio aconteça.
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