Neste texto, complemento o que escrevi semana passada sobre como preencher aquele vazio afetivo que parece que nunca será preenchido.
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Resgatar e cuidar da criança interior que existe dentro de você e, principalmente, ter a autorresponsabilidade sobre sua vida para buscar, com comprometimento e dedicação, aquilo que não recebeu dos seus pais é uma das maneiras para começar a preencher esse vazio afetivo.
Durante as fases da gestação e dos 0 aos 5 ou 7 anos de idade, uma criança pode sentir medo, tristeza, raiva, rejeição e abandono, por parte dos pais ou das pessoas responsáveis por ela, e presenciar brigas e conflitos no relacionamento destas pessoas. Esses sentimentos ficam guardados na memória inconsciente deste ser inocente que não entende o que está acontecendo e, muitas vezes, se sente culpado por tudo isso. Vivenciar esses sentimentos nestas fases pode criar adultos inseguros, agressivos, ansiosos e depressivos.
Bert Hellinger escreve sobre isso quando cita a lei sistêmica da hierarquia no livro Olhando para a Alma das Crianças:
“Segundo essa lei, aqueles que pertenceram à família primeiro têm precedência em relação aos que vieram depois, ou seja, existe uma ordem entre eles. Essa ordem deve ser preservada. Muitas crianças ousam assumir para si algo dos pais para ajudá-los. Ao fazer isso, violam essa ordem. A criança diz ao pai ou à mãe, sob a influência dessa consciência, frases internas como: “Assumo isso por você”, “Expio por você”, “Morro por você”, “Fico doente por você”. Tudo isso por amor, um amor cego, todavia. Isso leva a comportamentos como vício, risco de suicídio e agressividade. Essas formas de comportamento e a colocação em risco de si mesmo têm a ver com a tentativa de assumir para si algo pelos pais. Assim, a ordem é desrespeitada e a ordem do amor é perturbada.”
Escrevi sobre as leis sistêmicas de Bert Hellinger no texto desta coluna: Conheça as Leis Sistêmicas para começar a viver o amor em ordem.
Para que uma pessoa adulta tenha amor próprio e amor aos pais de maneira saudável é muito importante que ela se coloque no seu lugar de filho(a) sem querer assumir o lugar/papel e a culpa deles. Desta maneira, pratica a lei sistêmica da hierarquia.
Para praticar essas novas interpretações sobre fatos tão importantes e resgatar/cuidar da sua criança interior, peço que faça o exercício abaixo sempre que sentir necessidade. Se necessário, grave sua voz e ouça sua fala com fone de ouvido:
“Feche os olhos, inspire e expire profundamente três vezes. Imagine sua criança na sua frente. Olhe para ela e diga mentalmente:
Querida criança, eu sou seu (sua) adulto(a). Sinto muito por todas as lembranças acumuladas que você vivenciou como tristeza, mágoa, dor, medo, raiva e abandono. Sinto muito por deixar você sozinha durante todo esse tempo e por ser negligente.
A partir de agora, eu, como adulto(a), vou cuidar de você e te dar o amor, o carinho e a segurança que você necessita. Eu te dou um bom lugar no meu coração!
Obrigado(a) por fazer parte de mim! Eu te amo!
Dê um abraço bem carinhoso na sua criança e acolha ela dentro do seu coração.
Abra os olhos e sinta os benefícios deste exercício”.
Com essa nova consciência você, começa a assumir a responsabilidade sobre sua fase adulta de vida e passa a amar de maneira mais saudável. Até a próxima semana!!
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