O medo é saudável desde que não paralise


medo

 

Muitas pessoas sentem medo de falar em público, de morrer, de sair na rua a noite sozinho(a), de ficar doente, de ficar sozinho(a), dentre outros. O medo é importante, pois tem o objetivo de nos proteger de algo que pode acontecer. 

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O medo é a preocupação antecipada de algo que não sabemos se vai realmente acontecer. Normalmente, vem da fase intrauterina, infância e/ou de algum familiar que veio antes como pai, mãe, avós, bisavós… através da transmissão epigenética. Foi constatado que netos de judeus que morreram no holocausto trazem os traumas e os medos desses antepassados sem terem tido contato com essas pessoas.

Por exemplo: quando vamos atravessar a rua temos medo de ser atropelados. Por esse motivo, caminhamos até a faixa de pedestre e esperamos o semáforo fechar para atravessarmos a rua com segurança. Esse é um exemplo de um medo saudável, pois nos coloca numa posição de alerta e não nos paralisa.

Por outro lado, se temos medo de sair a noite e ficamos em casa mesmo tendo um compromisso importante e prazeroso, este medo é do tipo que paralisa.

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Quando há este último tipo de medo é importante nos perguntarmos: 

“Este medo é do meu adulto ou da minha criança ferida que se sentiu fragilizada ou paralisada em algum ou alguns momentos da vida?”

“Este medo é meu ou de algum antepassado?  Será que é do meu pai, mãe, tio, tia ou algum avô, bisavô, avó ou bisavó?”

Nos meus atendimentos como consteladora familiar observo que a origem do medo vem da criança interior ou das pessoas que vieram antes. Afinal de contas, somos descendentes de pessoas que passaram por muitas dores e traumas, como guerras, fome, discriminação, violência, escravidão, abusos, genocídios, epidemias, pandemias, etc.

Aproveite este momento para olhar para os verdadeiros pensamentos e sentimentos que existem dentro de você quando sente algum tipo de medo. Olhe e converse com sua criança interior sobre esse medo e faça o que tem vontade na companhia dele. Por exemplo: se tem muito medo de falar em público, converse com esse medo e diga a ele: 

“Eu sei que você quer me proteger. Agradeço imensamente sua preocupação comigo, mas eu vou falar em público com você aqui do meu lado e vai dar tudo certo! Você me ajudou muito e, graças a você, eu treinei bastante esta apresentação e agora me sinto preparado(a) para me apresentar às pessoas”.

Com essa nova conversa interior e consciência, ficará mais fácil enfrentar e aceitar seus medos de maneira mais saudável! Até a próxima semana!

Fotos colunistas Borsoi elis - 40EMAIS

Elis Borsoi

Terapeuta Sistêmica, Consteladora Sistêmica Familiar com bonecos, Treinadora de Pessoas, Palestrante, Coach e Master Coach em Programação Neurolinguística.

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