Se mulheres viajando sozinha sempre foi encarado com um certo preconceito e medo, imagina mulheres que desbravaram o mundo das viagens e abriram caminhos para tantas outras que foram chegando e ganhando muito mais espaço?
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Vamos conhecer um pouco da História dessas mulheres que abriram caminho para que hoje nós mulheres podemos fazer e trabalhar onde quisermos, inclusive no Turismo. (site: Glamour Globo.com).
Jane Baret foi a primeira mulher a dar a volta ao mundo de barco entre 1766 e 1769, mesmo tendo que se disfarçar de homem.
Freya Stark foi uma das primeiras blogueiras de viagem, olha só isso numa época que nem sabíamos o que era ser blogueira, ela escreveu mais de 20 livros sobre suas aventuras pelo Oriente Médio. Entre eles- Um inverno na Arábia – livro que a colocou no panteão dos grandes escritores e exploradores do mundo árabe.
Amelia Earhart foi a primeira mulher a voar sozinha durante 15 horas sem escalas sobre o Oceano Atlântico em 1932, sendo considerada uma das pioneiras do empoderamento feminino. Ficou tão empolgada com sua conquista que decidiu encarar um novo desafio: ser a primeira mulher a dar a volta ao mundo em um avião. E encarou ao lado do copiloto Fred Noonan ela embarcou em um bimotor Lockeheed Electra em março de 1937 planejando um trajeto de quase 50 mil quilômetros ao redor do globo. Chegaram a cruzar cinco continentes em dois meses – com paradas, inclusive, em Fortaleza e Natal.
E claro que temos brasileiras também nesse pódio né minha gente. A escritora brasileira Júlia Lopes de Almeida além de ter sido uma viajante nata, ainda ajudou a idealizar a Academia Brasileira de Letras. Conheceu a Europa e África, morou em Portugal e França. Adorava escrever sobre suas andanças, mas tinha um amor especial pelas expedições brasileiras. E ainda transformou suas aventuras em livros como Jornadas do Meu País, de 1920 onde mostrava a diversidade do Brasil. Além de tudo isso seu nome chegou a ser cogitado para entrar na lista de imortais em 1897, mas como a entidade era inspirada no modelo francês, formada apenas por homens, Julia foi excluída. Quem assumiu a cadeira foi o marido Filinto de Almeida.
Nessa lista ainda temos Egéria, escritora que percorreu sozinha, montada em uma mula, mais de 5000 quilômetros de 381 a 384 d.C. Durante a aventura, descreveu as viagens em forma de cartas onde registrava todos os detalhes e acabou se tornando uma das poucas mulheres escritoras do Império Romano. A viajante embarcou da Galiza para o Oriente em uma viagem que durou três anos. Seus manuscritos só foram redescobertos em 1884, quando um erudito italiano chamado Gian Francesco Gamurrini os encontrou em uma biblioteca monástica de Arezzo.
Isabella Bird – descobriu a paixão por viagens aos 19 anos, após uma cirurgia para retirada de um tumor na coluna que na época, a operação não foi bem-sucedida, o que a deixou em depressão. O médico, então, recomendou que a jovem fizesse uma viagem de navio. O pai de Isabella lhe deu 100 libras e disse que ela poderia ir para onde quisesse.
A inglesa decidiu cruzar o oceano e passar alguns meses no Canadá e nos Estados Unidos. Ao voltar para a casa, usou as cartas que ela havia escrito para a irmã como base para escrever o seu primeiro livro de viagem, The Englishwoman in America. A partir daí, Isabella não parou mais: passou por Nova Zelândia, Havaí, Japão, China, Tibet, Índia e outros tantos países. Teve seu merecido reconhecimento e foi considerada uma das maiores escritoras de viagens da Inglaterra.
São tantas histórias incríveis, sob os vários motivos que levaram essas mulheres a viajar pelo mundo e escrever tudo, nada muito diferente dos motivos que nos levam a viajar atualmente: a curiosidade de descobrir novos hábitos e culturas, as vezes uma doença inesperada, depressão, ou simplesmente a possibilidade de viver muitas aventuras, o fato é que vários motivos nos levam a novas descobertas seja no passado ou atualmente.
Mas também temos muitas mulheres e brasileiras desbravadoras nos tempos mais atuais. Quem não conhece a história da Stella Barros?
A carioca que ficou conhecida como “Vovó Stella” fundou uma das mais tradicionais agências de viagens do País, há mais de 40 anos no mercado e, desde 2004, parte do Grupo Águia.
Com o nome e o carisma da fundadora, a Stella Barros Turismo levou três gerações de brasileiros para Estados Unidos, Europa e Brasil. Chegou a possuir 35 escritórios, um deles em Miami, e vendia seus produtos para milhares de agências em todo o País.
O interesse de Barros em trabalhar com viagens nasceu em 1957, quando atuava voluntariamente na presidência da Associação Cristã Feminina do Brasil, a ACF, onde fundou um departamento de Turismo. Antes disso, poucos destinos faziam parte de sua história.
Em 1965, aos 49 anos, com dois filhos já adultos e experiências profissionais anteriores a seu casamento, quebrou as barreiras de um mercado predominantemente masculino.
Visionária, inovou ao realizar roteiros para cursos de inglês em Miami e, a partir 1968, enviar crianças desacompanhadas ao primeiro parque da Disney World, na Califórnia.
Operadora oficial da Disney no Brasil, embarcava 10 mil crianças nos meses de julho, o que a levou a desfilar nas tradicionais paradas do parque Magic Kingdom, na Flórida, em 1985, 1987 e 1992.
Apaixonada por viagens, Stella teve 46 passaportes carimbados e viajou por mais de 100 países. Faleceu em 2004, aos 95 anos, mas trabalhou diariamente até seus 86 e inspirou muitos ao redor.
Ela possuía o que eu sempre falo: Faça com vontade, trabalhe com amor e tudo dá certo.
Silvia del Rey- diretora de operações em campo da Top Service Incentive Travel & Eventos que acumula em sua bagagem 66 países visitados. Entre as viagens estão 72 visitas aos Estados Unidos, 63 à Itália, 42 à França, 32 à Alemanha e 23 à Turquia. Aproximadamente 650 itinerários internacionais que, em uma estimativa de cinco dias para cada, resultariam em nove anos viajando sem interrupções.
Começou a viajar com seus pais ainda criança, mas foi a única entre os irmãos a querer se aventurar pelo mundo. Aos 13 anos conseguiu a aprovação da família para um intercâmbio de seis meses nos Estados Unidos. Aos 19 fez um curso de piloto privado.
Como seus pais não abriam mão de um diploma universitário, graduou-se em Direito, mas seu sonho não tinha residência fixa. Aos 22 anos enviou um currículo e conseguiu um emprego por quatro meses a bordo de um navio de cruzeiro. Não deixou mais o Turismo.
Como podemos perceber o mundo das viagens nos encanta, inclusive euzinha aqui sou apaixonada pelo assunto e por toda sua gama de negócios que dá para trabalhar. Quem não gosta de explorar o desconhecido, lugares as vezes estranhos para muitas pessoas ou apenas pela curiosidade natural das mulheres (sim somos curiosas e passar perrengues não nos assusta).
Além dessas mulheres temos tantas outras brasileiras que se destacam nas diversas áreas que o Turismo e as Viagens proporcionam, um mundo imenso e que abrange muitas atividades e que com certeza atrai cada vez mais pessoas e mulheres incríveis que se aventuram por aí tanto nos bastidores como correndo mundo afora. E nos aguardem que tem muito mais e podemos muito mais.
Muito em breve tenho certeza de que não vai existir mais atividade predominantemente masculina ou feminina, esse preconceito está cada vez mais com os dias contados.
O que importa na verdade é fazer o que gosta e ser feliz!!
Uma ótima semana a todos e até a próxima 😊
Selma Cabral
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